Os exames oftalmológicos são de suma importância para o diagnóstico de diversas patologias. Um simples exame de refração, o mesmo realizado pelo paciente quando este refere piora no grau do seu óculos, já pode ser um indicador de que pode haver algo de anormal na saúde ocular do paciente.
Acredite, sempre que o paciente vai a um consultório oftalmológico sem queixas aparentes, não referindo nenhum tipo de alteração visual, em cerca de 20% das vezes esse mesmo paciente poderá ser surpreendido com o diagnóstico de alguma alteração referente da sua saúde ocular.
O fato de não notar tais alterações, não quer dizer que tudo está bem, isso pode ser explicado pelo fato de que muitas vezes a patologia encontra-se em um estágio inicial, não causando até aquele momento perda significativa da visão ou incômodo, ou até mesmo pela simples razão da patologia acometer apenas um dos olhos e não ter inicio súbito, permitindo com isso uma adaptação e o que chamamos de uma compensação com o olho de visão boa, deixando o paciente com a falsa impressão de que não há problemas.
• GONIOSCOPIA
Exame complementar auxiliar no diagnóstico do Glaucoma. Avalia-se o canal que drena o humor aquoso, líquido este responsável em preecher a câmara anterior, e consequentemente manter a pressão intraocular.
É um exame indolor, realizado após a instilação de uma gota de colírio anestésico para maior conforto, e que utiliza uma lente própria (lente de três espelhos) para a sua realização.
• CERATOMETRIA
É um exame rápido e indolor feito para se conhecer as curvaturas máxima e mínima da córnea. A córnea não é perfeitamente redonda, portanto, tem diâmetros diferentes conforme a região que se mede. A diferença entre a maior curvatura e a menor curvatura corneanas expressam o seu poder de refração, ou melhor, reflete no grau necessário para a correção visual.
A ceratometria é útil nos casos de adaptação de lentes de contato, para avaliar a evolução de patologias corneanas que podem alterar as suas curvaturas, para se calcular o valor de uma lente a ser implantada no caso de uma cirurgia de catarata. Os valores médios variam aproximadamente entre 42 e 46 dioptrias. Uma grande defasagem entre essas duas medidas também é indicativa de anomalia da superfície corneana.
• ULTRASSONOGRAFIA OCULAR
O exame baseia-se na emissão de ondas ultrassonicas, as quais penetram nos tecidos oculares e geram ecos ao atingirem estruturas intra-oculares.Não é necessário midríase pupilar (dilatação pupilar).
Tem como indicações quando há presença de opacidades de meios , ou de estruturas oculares que possam impedir a fundoscopia, como exmplo:catarata madura, catarata traumática, hemorragia vítrea, opacidades da córnea, entre outras.
• BIOMETRIA OCULAR (IOL MASTER)
A biometria ocular é a medida do comprimento axial do globo ocular e de suas estruturas (câmara anterior, cristalino e cavidade vítrea) utilizando-se ultra-som.
É indicada para o cálculo da lente intra-ocular para cirurgias de catarata, ou cirurgias de córnea, retina e vítreo. Também é indicada para o acompanhamento de doenças que alteram o comprimento axial do olho, e verificar a assimetria do comprimento axial em portadores de anormalidades (alta miopia, glaucoma congênito, coloboma, microftalmia, catarata congênita).
• TONOMETRIA
Tonometria é o processo de medição da pressão interna do globo ocular. É um exame comum em pacientes com suspeita de glaucoma. Pode ser realizado através de um tonometro de aplanação, onde através desse método é medida a força necessária para achatar uma parte determinada da córnea, ou através de um tonometro de “sopro”. O paciente repousa o queixo e a testa em suportes e o tonômetro é aproximado até enconstar no olho. Nenhum dos métodos são dolorosos, apenas ligeiramente desconfortáveis, sendo que no primeiro exemplo é necessário instilação de uma gota de colírio anestésico devido o contato.
• MAPEAMENTO DE RETINA
Mapeamento de retina é um exame que consiste, no que seria o médico transpor para um desenho esquematizado do fundo do olho, as lesões observadas à fundoscopia. Pode ser realizado através do oftalmoscópio indireto, do oftalmoscopio direto, ou através da lâmpada de fenda com o auxílio de lentes de aumento. Deve ser realizado em midríase, ou seja, com as pupilas dilatadas.
• PAQUIMETRIA
Exame que mede a espessura da córnea.
Importante no acompanhamento de pacientes que fazem uso de lentes de contato e em diversas alterações oculares, tais como no diagnóstico do Glaucoma.
• MICROSCOPIA ESPECULAR
Exame no qual fotografa-se a camada de células mais interna da córnea, permitindo a análise quantitativa e qualitativa das células da mesma.
Utilizado em pré-operatório de cirurgia intra-oculares em geral, tais como na cirurgia de catarata, de glaucoma, de transplante de cornea.
Esse exame nos permite avaliar o comportamento da córnea durante e após realização do procedimento cirúrgico.
• CAMPIMETRIA VISUAL COMPUTADORIZADA
Exame importante, de grande auxilio no diagnóstico de glaucoma e de diversas outras patologias oculares
Visa analisar se há alterações no campo visual.
Consiste na apresentação de estímulos luminosos em diferentes regiões do campo de visão, para que sejam percebidos pelo paciente.
É um método que depende fundamentalmente da informação do paciente.
• TOPOGRAFIA CORNEANA
É o estudo da superfície da córnea, determinando suas diferentes curvaturas. Exame importante também para melhor auxiliar na adaptação das lentes de contato.
• RETINOGRAFIA FLUORESCEÍNICA OU ANGIOFLUORESCEÍNOGRAFIA
Exame realizado com o aparelho chamado Retinógrafo. É um exame invasivo, pois inicialmente injeta-se fluoresceína sódica (corante) em um acesso venoso. Deve ser realizado sob midriase (dilatação pupilar), e documenta-se através de um sistema com camera digital, o trânsito percorrido do “corante” na circulação sanguínea de estruturas intra-oculares. A fluoresceína sódica pode provocar algumas reações adversas, que não são freqüentes, como dor local caso haja extravasamentos do contraste, náuseas (15%), vômitos (0,3%), muito comuns em jovens. Raras são as reações alérgicas como coceira, vermelhidão local, edema de laringe, broncoesoasmo e tromboflebite. O contraste é eliminado do organismo em torno de 24 horas, pelo fígado e rins. Pode ocorrer alteração da coloração da urina e pele nesse periodo. Não pode ser realizado em pacientes com alergia à Iodo e em gestantes. O procedimento é indicado no estudo de doenças da Retina, Coróide e Nervo óptico, doenças como Retinopatia Diabética, Degeneração Macular relacionada à idade (DMRI), Distrofias e degenerações retinianas e de coroide, doenças oclusivas vasculares entre outras.
• RETINOGRAFIA SIMPLES
O exame é realizado com o retinografo.
O exame nada mais é do que uma documentação fotográfica através de um sistema digital com camera digital acoplada, das estruturas da porção posterior do globo ocular.
Deve ser realizado em midríase pupilar (dilatação da pupila).